7 de março de 2016

Semana Especial: Brás, Bexiga e Barra Funda


          Olá leitores! Nesta semana teremos um especial "Brás, Bexiga e Barra Funda", que consistirá em uma análise de todos os contos da obra. Por ser um livro que cai muito em provas e vestibulares, ao invés de fazer uma resenha geral, preferi focar nos pontos importantes de cada parte do livro. 
          Espero que ajude vocês! Vamos então conferir a análise de dois contos da obra?

 "O modernismo foi também em busca da poesia que se escondia nas situações mais inusitadas ou prosaicas, ou melhor, que se mostrava nas situações, mas exigindo outros olhos para ser vista."


         Bem, antes de começar a falar dos contos, é importante destacar que o livro é uma obra pertencente a primeira fase modernista. Dentre as principais características, podemos citar a linguagem coloquial, pois no modernismo há a quebra da linguagem erudita e preconceituosa.

  • Artigo de Fundo
"Este livro não nasceu livro: nasceu jornal. Estes contos não nasceram contos: nasceram notícias. E este prefácio, portanto, também não nasceu prefácio: nasceu artigo de fundo."
          Esse é o segundo parágrafo do livro e sinceramente, ajuda bastante a entendê-lo. Já aí podemos observar um traço do modernismo: a valorização do cotidiano pela notícia.
          Como já diz ali em cima este conto é como se fosse um prefácio, que apresenta como foi possível surgir alguns contos, como por exemplo:
"Do consórcio da gente imigrante com o ambiente, do consórcio da gente imigrante com os indígenas nasceram os novos mamalucos.
Nasceram os italianinhos.
O Gaetaninho.
A Carmela."
  • Gaetaninho
          O conto se passa na Rua do Oriente e é narrado em terceira pessoa, com a linguagem coloquial. Ele retratou a realidade social urbana de São Paulo, introduzindo o dia-a-dia dos imigrantes italianos e a classe operária que só tinha o luxo de andar de carro em dia de enterro ou casamento.
          O autor retrata a impiedade natural no comportamento dos meninos e termina com uma ironia amarga, que interrompe o sonho de Gaetaninho com sua morte.

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          Lembrando que está análise foi baseada nos meus estudos e em algumas pesquisas, mas não está obrigatoriamente certa.
          Bem, por hoje é só. Se você gostou desse tipo de "resenha", me fale nos comentários que em breve terão mais. Amanhã sairá a análise dos contos "Carmela" e "Tiro de Guerra número 35", espero que seja útil para vocês.


2 comentários

  1. Amei a ideia de você resenhar um livro tão importante. Não desmerendo os outros, claro, mas esse aí carrega um peso grande quando o assunto é vestibular. Há quem leia esses livros apenas por obrigação acadêmica, mas depois que você entende o foco dele, da vontade de ler mais livros nesse estilo.

    Grande beijo. 💖

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  2. Adorei a ideia que você teve de fazer esse tipo de resenha, tenho certeza que irá ajudar mutas pessoas a compreenderem esses livros que caem em vestibular e muitas pessoas acabam não gostando por não entender o livro, já passei por isso com algumas leituras obrigatórias, tive que reler algumas vezes para compreender, e o que você fez com o Brás, Bexiga e Barra Funda irá ajudar muitas pessoas, parabéns.

    Beijos

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